
Link direto: https://youtu.be/be8B1LRBA20


De uma hora para outra, os brasileiros tiveram que se familiarizar com uma série de palavras e conceitos, como pandemia, máscaras faciais e respiradores. Aliás, essa última palavra, muito utilizada para designar os equipamentos mecânicos que auxiliam pacientes com insuficiência respiratória grave infectados pelo novo coronavírus, também designa alguns tipos de máscaras. Neste texto, organizado em formato de perguntas e respostas para facilitar o entendimento, o termo “respirador” sempre se refere à máscara facial de proteção, utilizada para outro fim bastante diverso das máquinas de alto custo que auxiliam os pulmões a inspirar e expirar quando o paciente não consegue realizar esses movimentos sozinho.
1- Para que servem as máscaras?
Existem vários tipos de máscaras para diferentes finalidades. Algumas delas são utilizadas para proteção respiratória do trabalhador diante de possíveis contaminações que podem provocar danos à saúde, como os respiradores para trabalhadores na construção civil e os respiradores do tipo N95, que são utilizados por profissionais de saúde. Outras máscaras têm como função principal proteger o paciente ou manter o ambiente estéril (livre de microrganismos ou no qual eles não podem se reproduzir), como as máscaras cirúrgicas e outros respiradores. Cada atividade exige um tipo apropriado de máscara.
2- Quais tipos de máscaras têm sido utilizadas pela população e pelos profissionais de saúde?
Diversas espécies de máscaras estão sendo usadas nesse momento de pandemia. Para melhor compreensão, podemos dividi-las em três: máscaras de proteção de uso não profissional, máscaras cirúrgicas e equipamentos de proteção respiratória (também chamados de respiradores).

3- O que são as máscaras de proteção de uso não profissional?
São aquelas confeccionadas artesanalmente com tecidos como algodão, tricoline, entre outros, e utilizadas para cobrir o nariz e a boca em espaços públicos durante a pandemia. Essas máscaras atuam como barreiras físicas, reduzindo a propagação do vírus e, consequentemente, a exposição e o risco de infecções. Diferentemente das máscaras de uso profissional, essas máscaras comuns não possuem um “elemento filtrante”, mas a sua utilização é uma importante medida de saúde pública que as pessoas devem adotar no combate à Covid-19, além do distanciamento social e da limpeza frequente das mãos. As máscaras de proteção de uso não profissional se destinam à população em geral. Em caso de dúvidas sobre confecção, contraindicação, tipos de tecido, forma de uso, acesse o documento Orientações gerais – Máscaras faciais de uso não profissional, elaborado pela Anvisa. É importante ressaltar que as máscaras cirúrgicas e os respiradores N-95 devem ser reservados aos profissionais de saúde.
4- Existe alguma orientação da Anvisa sobre a confecção e o uso de máscaras caseiras ou artesanais?
Sim. O documento Orientações gerais – Máscaras faciais de uso não profissional reúne informações sobre o tipo de tecido que pode ser usado, os procedimentos para produção das máscaras, os cuidados e a forma adequada de uso. Além disso, ele também faz advertências sobre o manejo e as dicas de limpeza e descarte, bem como outras medidas preventivas contra o novo coronavírus.
5- Quais as principais recomendações com relação ao uso das máscaras caseiras ou artesanais?
É importante lembrar que a máscara é de uso individual e, portanto, não deve ser compartilhada. Além disso, ela deve ser usada por um período de poucas horas, quando, de fato, houver necessidade de sair de casa, e sempre respeitando-se a distância entre as pessoas. Também não devem ser manipuladas enquanto a pessoa estiver na rua e, antes de serem retiradas, é preciso lavar as mãos. É importante lembrar que o novo coronavírus é disseminado por gotículas suspensas no ar quando as pessoas infectadas conversam, tossem ou espirram. As máscaras não profissionais diminuem o risco de contaminação.
6- O que são as máscaras cirúrgicas?
São máscaras faciais confeccionadas em não tecido de uso médico-hospitalar, que devem possuir uma manta filtrante que assegure a sua eficácia em filtrar microrganismos e reter gotículas, devendo ser testadas e aprovadas conforme a norma ABNT NBR 15052. De acordo com a Nota Técnica 4/2020 da Anvisa, a máscara cirúrgica deve ser usada apenas por pacientes com sintomas de infecção respiratória (como febre, tosse, dificuldade para respirar) e por profissionais de saúde e de apoio que prestam assistência a menos de um metro do paciente suspeito ou caso confirmado.
7- O que são os equipamentos de proteção respiratória ou respiradores?
Os respiradores são equipamentos de proteção individual (EPIs) que cobrem o nariz e a boca, proporcionando uma vedação adequada sobre a face do usuário. Possuem um filtro eficiente para reduzir a exposição respiratória a contaminantes químicos ou biológicos a que o profissional é submetido em seu trabalho. Há inúmeros tipos de respiradores, de acordo com o risco e a atividade. Os respiradores descartáveis apresentam vida útil relativamente curta e são conhecidos pela sigla PFF, de Peça Semifacial Filtrante. Os respiradores de baixa manutenção são reutilizáveis, têm filtros especiais para reposição e costumam ser mais duráveis.
Os respiradores, além de reter gotículas, protegem contra aerossóis contendo vírus, bactérias e fungos, a depender de sua classificação. Em ambiente hospitalar, para proteção contra aerossóis contendo agentes biológicos, o respirador deve ter um filtro com aprovação mínima PFF2/P2 ou N95. Respiradores com classificação PFF2 seguem as normas brasileiras ABNT/NBR 13698:2011 e ABNT/NBR 13697:2010 e a europeia e apresentam eficiência mínima de filtração de 94%. Já os respiradores N95 seguem a norma americana e apresentam eficiência mínima de filtração de 95%.
Há equipamentos de proteção respiratória que, apesar de não serem de uso comum por profissionais de saúde, atendem os requisitos de desempenho, como os equipamentos de proteção facial inteira. Em lojas de material de construção civil é possível encontrar alguns respiradores PFF1 que, apesar de não serem adequados para uso por parte dos profissionais de saúde, podem ser úteis para a população em geral, uma vez que limitam a propagação de gotículas. Para saber mais sobre o tema, acesse a Cartilha de Proteção Respiratória contra Agentes Biológicos para Trabalhadores de Saúde.
8- Qual a diferença entre gotículas e aerossóis?
As gotículas têm tamanho maior que 5 µm (micrômetros). Cada micrômetro equivale à milionésima parte do metro. Elas podem atingir a via respiratória alta, ou seja, a mucosa das fossas nasais e a mucosa da cavidade bucal. Nos aerossóis, as partículas são menores e permanecem suspensas no ar por longos períodos. Quando inaladas, podem penetrar mais profundamente no trato respiratório. Existem doenças de transmissão respiratória por gotículas e por aerossóis que requerem modos diferentes de proteção.
9- O que distingue, basicamente, a máscara de proteção de uso não profissional das demais?
A máscara de proteção de uso não profissional é um protetor que pode ser confeccionado artesanalmente, em tecido comum, mas que não possui um elemento filtrante. Deve ser utilizada por pessoas comuns durante a pandemia, para reduzir a disseminação da Covid-19. Entretanto, não deve ser utilizada por profissionais de saúde durante a realização de procedimentos. As máscaras cirúrgicas e os respiradores utilizados por profissionais de saúde são considerados produtos para a saúde, devendo atender normas técnicas e sanitárias em relação aos processos de fabricação, distribuição, comercialização e uso.
10- Quais as principais diferenças entre a máscara cirúrgica e o respirador N95/com filtro PFF2/P2?
A finalidade principal da máscara cirúrgica é impedir ou dificultar a propagação de gotículas e o contágio por meio de microrganismos, tanto do profissional de saúde para o paciente, quanto do paciente para o profissional de saúde. A máscara cirúrgica é indicada para proteger o trabalhador da saúde de infecções por gotículas transmitidas a curta distância e pela projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que possam atingir suas vias respiratórias. O respirador N95/com filtro PFF2/P2 retém gotículas e é feito para proteger o trabalhador contra aerossóis contendo vírus, bactérias e fungos. Embora tanto a máscara cirúrgica quanto o respirador contenham um elemento filtrante, a máscara cirúrgica não protege adequadamente o profissional de microrganismos transmitidos por aerossóis porque não mantém uma vedação adequada.
11- Como diferenciar um respirador descartável de um respirador reutilizável?
O respirador descartável (peça semifacial filtrante) trata-se de uma peça única, em que o filtro está embutido. Esse tipo de respirador apresenta vida útil relativamente curta. Já o respirador reutilizável, ou de baixa manutenção, tem filtro especial que deve ser descartado e substituído. Sua estrutura é fabricada para ser reutilizada.


12- Os respiradores descartáveis podem ser reaproveitados?
A Agência orientou, por meio da Nota Técnica 2/2020, que as indústrias de medicamentos, insumos farmacêuticos, produtos para a saúde, cosméticos e saneantes façam uso racional de respiradores descartáveis para, quando possível, doar as unidades excedentes aos serviços de saúde. O documento se refere aos respiradores do tipo PFF2 ou superiores. A medida faz parte das ações de enfrentamento à pandemia. Resumidamente, a recomendação é que os respiradores sejam reutilizados pelo mesmo funcionário desde que mantenham sua integridade estrutural e funcional e que o filtro não esteja sujo ou danificado. Esta orientação, no entanto, não é válida para os profissionais de saúde que estão sujeitos a risco biológico em instituições de saúde. De forma a racionalizar o uso, a Nota Técnica 4/2020 recomenda o uso estendido do EPI.
13- A racionalização dos respiradores descartáveis não vai comprometer a saúde dos trabalhadores das indústrias?
Não, desde que as recomendações sejam cumpridas à risca. Ou seja, o respirador deve ser usado pelo mesmo funcionário e, ao menor sinal de que a peça não conserva mais sua integridade ou apresenta problemas no filtro, deve ser descartada. Essa racionalização inteligente nas fábricas não representará danos aos trabalhadores ou aos produtos fabricados.
14- Qual é a orientação para maior aproveitamento das máscaras N95 ou equivalentes pelos profissionais de saúde?
A orientação é que os profissionais de saúde utilizem as máscaras N95 ou equivalentes por um período maior que o indicado pelos fabricantes, desde que estejam íntegras, limpas e secas. A Anvisa, no entanto, não recomenda o uso de máscaras vencidas, mas indica o uso além do prazo de validade designado pelo fabricante. Isso porque muitos desses produtos têm sinalização de descarte a cada uso. A indicação, definida juntamente com representantes de associações de profissionais da área de controle de infecções e do Ministério da Saúde, é necessária devido aos estoques baixos em todo o país. Outras informações podem ser encontradas na Nota Técnica 4/2020. É importante ressaltar a necessidade do uso racional de EPI nos serviços de saúde, pois trata-se de um recurso finito e imprescindível para oferecer segurança aos profissionais durante a assistência à saúde.
15- Não é possível criar mecanismos para agilizar a fabricação e a importação de dispositivos médicos importantes para o enfrentamento da pandemia?
É possível e a Anvisa já tomou essas providências. Em março, foram simplificados os requisitos para fabricação, importação e aquisição de dispositivos médicos prioritários para uso em serviços de saúde e, em abril, a norma foi atualizada. De acordo com as novas regras, os fabricantes e importadores de equipamentos de proteção individual e outros produtos estão, em caráter excepcional e temporário, dispensados de Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) e da notificação das atividades à Anvisa, bem como de outras autorizações sanitárias. Segundo a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 379/2020, a importação de máscaras cirúrgicas, óculos de proteção, protetores faciais, respiradores N95, PFF2 ou equivalentes e vestimentas hospitalares descartáveis, como aventais e capotes impermeáveis e não impermeáveis, passou a ter deferimento automático do licenciamento de importação no Sistema Integrado de Comércio Exterior, o Siscomex.
16- Com a flexibilização dos requisitos de fabricação, como fica a garantia da qualidade desses produtos?
Os fabricantes e os importadores devem cumprir todas as outras obrigações e exigências aplicáveis ao controle de dispositivos médicos, bem como as normas técnicas relacionadas aos produtos. Ademais, as empresas deverão realizar controle pós-mercado, ou seja, o monitoramento após a comercialização desses dispositivos. O fabricante ou importador é responsável pela garantia da qualidade, da segurança e da eficácia dos produtos, em conformidade com o regulamento brasileiro.
A vigilância sanitária das esferas municipal, estadual e federal tem cobrado que os fabricantes apresentem laudos que comprovem o atendimento dos parâmetros técnicos definidos na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 379/2020. Mas os hospitais e secretarias de saúde, antes de concluírem a compra dos produtos, devem cobrar, em seus processos de compra, os laudos técnicos que garantem o cumprimento de todos os requisitos.
A Anvisa flexibilizou, excepcionalmente, as regras administrativas para quem deseja fabricar dispositivos médicos utilizados no combate à Covid-19, mas não abriu mão do rigor técnico. Além disso, no caso de novos fabricantes, estão mantidas as ações de inspeção e fiscalização. Os profissionais de saúde podem apontar problemas de baixa qualidade nas máscaras no site da Anvisa, por meio da Ouvidoria, a fim de que os produtos e seus fabricantes sejam investigados.
17- Há muitos produtos importados entrando no mercado. Como posso saber se um respirador N95 ou PPF2 que desejo comprar para o hospital atende às normas?
Os hospitais e secretarias de saúde, antes de concluírem a compra, devem cobrar, em seus processos de compra, os laudos técnicos que garantem o cumprimento de todos os requisitos previstos na ABNT NBR 13698 ou normas técnicas equivalentes de padrão internacional, como a EN149. Em cenários de escassez, é necessário estar atento aos produtos no mercado que não apresentam o desempenho esperado ou anunciado. De acordo com o governo americano, as ocorrências mais comuns são documentos alterados para que os modelos de respirador pareçam cumprir um padrão específico, marcas de certificação e nomes, logotipos e números de modelo dos fabricantes falsificados.
Os pontos a seguir podem ajudar potenciais compradores de respiradores importados:

Algumas instituições de ensino e pesquisa, como laboratórios de universidades, têm realizado ensaios independentes sobre máscaras recebidas que podem indicar possíveis não conformidades no processo de fabricação das máscaras N95 ou PFF2. Caso você verifique elementos que levem à conclusão de que uma máscara não cumpre os requisitos ou é falsificada, apresente sua denúncia à Ouvidoria da Anvisa por meio de formulário eletrônico com o máximo de informações (sobre produto, fornecedor e fabricante, bem como fotos e laudos), de modo que possa ser realizada a avaliação.
Referência

Em 1938 já tínhamos publicação de observações sobre alguns pacientes com artrite reumatoide tratados por alergia respiratória (febre do feno) com megadoses de vitamina D3 (200.000 a 400.000 UI/dia). Outras doenças infecciosas como a tuberculose e inúmeras outras condições crônicas receberam a vitamina D sob o manto da cura. O procedimento foi logo abandonado devido aos efeitos colaterais e ao risco de fatalidades associados à elevação marcada do cálcio no sangue. A chamada hipercalcemia. Além é claro de o efeito benéfico ter sido anedótico (poucos casos) ou auto-limitado, e não ter trazido resultados duradouros.
Recente revisão publicada na revista online Frontiers in Endocrinology mostra os aspectos clínicos e o histórico da intoxicação pela vitamina D3, atualmente um diagnóstico em grande alta nos consultórios médicos devido à retomada do modismo de tratamento de inúmeras doenças com megadoses desta vitamina/hormônio.
O recurso terapêutico da década de 30 do século passado parece ter encontrado inúmeros seguidores, mesmo com a falta absoluta de trabalhos científicos comprovando sua utilidade para as inúmeras doenças em que vem sendo indicado.
Neste sentido podemos traçar paralelo com a auto-hemoterapia, também propalada como cura de várias doenças naquela mesma época e que de quando em quando reaparece como recurso de tratmento.
Veja aqui o sumário da publicação em tradução eletrônica e, ao final, o link para a referência completa em pdf gratuito.
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Sumário
“Confusão, apatia, vômitos recorrentes, dor abdominal, poliuria, polidipsia e desidratação são os sintomas clínicos mais frequentemente observados de toxicidade da vitamina D (VDT, também chamado de intoxicação por vitamina D ou hipervitaminose D). VDT e sua manifestação clínica, hipercalcemia grave, estão relacionados à ingestão excessiva a longo prazo de vitamina D, defeitos da via metabólica da vitamina D, ou a existência de doença coincidente que produz a vitamina D ativa metabólito localmente. Embora o VDT seja raro, os efeitos na saúde podem ser graves se não forem prontamente identificados. Existem muitas formas de VDT exógeno (iatrogênico, provocado por prescrição médica) e endógeno. VDT exógeno é geralmente causado pela ingestão inadvertida ou inadequada de doses extremamente altas de preparações farmacológicas de vitamina D e está associado com hipercalcemia. As concentrações de soro da 25-hidroxivitamina D [25(OH)D] superiores a 150 ng/ml (375 nmol/l) são a marca registrada do VDT devido à sobredosagem de vitamina D. O VDT endógeno pode desenvolver-se a partir da produção excessiva de um metabólito ativo de vitamina D – 1,25(OH)2D em doenças granulomatosas e em alguns linfomas ou da redução da degradação desse metabólito na hipercalcemia infantil idiopática. O VDT endógeno também pode desenvolver-se a partir de uma produção excessiva de 25(OH)D e 1,25(OH)2D em distúrbios congênitos, como a síndrome de Williams-Beuren. Testes laboratoriais durante exames clínicos de rotina podem revelar hipercalcemia assintomática causada pela ingestão de vitamina D mesmo em doses recomendadas para a população em geral e consideradas seguras. Esse fenômeno, chamado de hipersensibilidade à vitamina D, reflete o metabolismo de vitamina D desregulado. Pesquisadores propuseram muitos processos para explicar o VDT. Esses processos incluem atividade elevada de 1α-hidroxilase ou atividade inibida de 24-hidroxilase, ambos levando ao aumento da concentração de 1,25(OH)D; aumento do número de receptores de vitamina D; e saturação da capacidade de proteína de ligação de vitamina D. O aumento da conscientização pública sobre os benefícios relacionados à saúde da vitamina D pode aumentar o risco de intoxicação devido à autoadministração da vitamina D em doses maiores do que recomendadas para idade e peso corporal ou até mesmo superior aos valores de ingestão de limite superior estabelecidos. Consequentemente, a incidência de hipercalcemia devido à hipervitaminose D pode aumentar.”
Referênciahttps://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6158375/

Um oxímetro de pulso é um pequeno dispositivo que mede o nível de saturação de oxigênio em seu sangue e sua pulsação, tipicamente na unhado seu dedo indicador. Os níveis normais de oxigênio variam entre 95 e 100% no nível do mar (mais baixos em altitudes mais altas); qualquer coisa abaixo pode indicar um problema com os pulmões ou o coração, como doença pulmonar obstrutiva crônica ou pneumonia.
Com o Covid-19 afetando comunidades em todo o país e globalmente, alguns especialistas consideram que vale a pena um investimento em um oxímetro de ponta de dedo operado por bateria. Como a doença normalmente ataca os pulmões, um oxímetro pode fornecer uma maneira rápida e barata de monitorar a respiração em casa e ficar à frente de uma situação potencialmente pior. Se os níveis de saturação de oxigênio caírem, um usuário pode compartilhar essas informações com um médico para que uma decisão possa ser tomada sobre se mais cuidados médicos são necessários.
Alguns profissionais de saúde descreveram a pneumonia que ocorre com Covid-19 como silenciosa, na medida em que os pacientes podem não perceber que estão sendo privados de oxigênio até que seus níveis de saturação sejam perigosamente baixos. Nestes casos, dizem, pessoas que suspeitam que estão doentes, mas não estão sentindo falta de ar, podem usar oxímetros de pulso para obter uma melhor imagem do estado de seus pulmões.
Se seus níveis são baixos, procurar atendimento médico antes que a situação se torne realmente terrível — o que, segundo os médicos, pode acontecer rapidamente com o Covid-19. E, embora um modelo doméstico possa não ser 100% preciso, ele pode ser útil no monitoramento do seu nível de oxigênio e se ele está em tendência para baixo do que é normal para você. É melhor usar um oxímetro como ferramenta de monitoramento quando você está doente, não como uma medida de que as coisas estão certas ou erradas com sua saúde.
Se você está no mercado para um oxímetro de pulso, tente encontrar um que seja liberado ou aprovado pela FDA americano. Um estudo de 2016 de seis oxímetros de pulso que não foram licenciados pelo FDA encontrou uma grande variedade de precisão entre os modelos, com a maioria tendo leituras altamente imprecisas.
Os preços variam, normalmente de US$ 25 a US$ 100, mas um modelo básico que mede os níveis de pulso e oxigênio funciona tão bem quanto um modelo caro de ponta. Suas escolhas podem ser limitadas, no entanto, uma vez que a demanda aumentou recentemente. Os oxímetros são normalmente vendidos por lojas de suprimentos de saúde, farmácias, super-mercados como Walmart e pela internet na Amazon e outros. Alguns fabricantes vendem diretamente aos consumidores em seus sites.
Adaptado de artigo que apareceu pela primeira vez na edição de julho de 2020 da UC Berkeley Saúde depois dos 50 anos.

Esta pretende ser uma postagem objetiva para esclarecer posições a respeito de Ivermectina, este importante medicamento que deu o Prêmio Nobel de Medicina a seus descobridores.
Ivermectina é classificada dentro dos agentes anti-helmínticos, contra verminoses intestinais principalmente. Estas são as indicações completas de bula:
2. Qual o mecanismo de ação da ivermectina?
O remédio funciona paralizando e matando vermes intestinais. Há indicações in vitro (em tubo de ensaio no laboratório) que também pode ter ação anti-viral.
3. Como tomar a ivermectina?
Recomenda-se usar a dose prescrita por seu médico 1 hora antes de refeição com 1 copo de água.
4. Quais os efeitos indesejáveis (também chamados para-efeitos ou efeitos colaterais) da ivermectina?
Esta medicação pode provocar dor de cabeça, tonturas, dor muscular, náuseas ou diarréia. Na maioria dos casos é muito bem tolerada. São muito raros os casos de alergia ao produto.
Você não deve utilizar ivermectina com álcool ou maconha, você poderá ter tonturas e vertigens severas. Nunca dirigir veículos nestas circunstâncias.
5. Quais os cuidados na gravidez e amamentação?
O medicamento de preferência não deve ser usado em grávidas ou amamentando, ivermectina passa no leite materno. Em caso de uso indispensável, converse antes com o pediatra.
6. Posso tomar ivermectina se estou usando outros remédios?
Há várias interações possíveis da ivermectina com inúmeros medicamentos, em geral aumentando o nível de ivermectina no sangue e trazendo maior potencial tóxico do remédio. Abaixo uma lista parcial dos medicamentos comprovados na literatura médica. Converse com seu médico caso esteja utilizando qualquer dos remédios da lista e tenha que usar ivermectina.
7. Ivermectina funciona para a COVID-19?
Há algumas evidências iniciais de observações científicas e casos anedóticos (individuais) que a ivermectina poderia ser utilizada contra o SARS-CoV-2. No momento desta postagem (agosto de 2020) não temos ainda resposta científica definitiva. Há pelo menos 10 estudos randomizados em andamento com o remédio sendo utilizado nas fases mais precoces da COVID-19 ou como profilaxia.
Há uma corrente de médicos propalando a prescrição precoce, nos primeiros sintomas da COVID-19, para evitar agravamento da doença, sob a forma de prescrição por compaixão (alguns chamam de off-label, fora das indicações da bula). As doses recomendadas têm sido as mais variadas, desde 2 a 3 comprimidos por dia, até 1 comprimido cada 15 dias.
Caso deseje fazer uso da ivermectina com esta indicação para a COVID-19, converse com seu médico e siga as instruções.
O propósito do grupo é nos mantermos atualizados, profissionais da área da saúde e público leigo, com as informações mais importantes do SARS-CoV-2 e da doença que provoca, a COVID-19.
Inscrições em https://www.facebook.com/groups/733046743936041/?hc_location=ufi

Dentro das formas de medicina alternativa, a ozonioterapia parece ter papel de destaque. Frente à celeuma recente de indicação do método para COVID-19 no Brasil por parte de médicos holísticos, homeopatas e outros (entendo que incluindo ortomoleculares), fiz revisão rápida da literatura a respeito.
Descrevo aqui 3 níveis de evidências:
Referênciahttps://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7156242/
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2) FDA americano em seu sítio dá conta dos efeitos tóxicos do ozônio e traz considerações sobre as máquinas que o produzem:
“[Código de Regulamentos Federais][Título 21, Volume 8][Revisado a partir de 1º de abril de 2019][CITE: 21CFR801.415]Consulte informações relacionadas sobre o nível máximo aceitável de ozônio. em bancos de dados CDRHTÍTULO 21 – ALIMENTOS E DROGASCAPÍTULO I – ADMINISTRAÇÃO DE ALIMENTOS E DROGASDEPARTAMENTO DE SAÚDE E SERVIÇOS HUMANOSSUBCHAPTER H–DISPOSITIVOS MÉDICOS
Sec. 801.415 Nível máximo aceitável de ozônio.O ozônio é um gás tóxico sem aplicação médica útil conhecida em terapia específica, adjuntiva ou preventiva. Para que o ozônio seja eficaz como um germicídio, ele deve estar presente em uma concentração muito maior do que a que pode ser tolerada com segurança pelo homem e pelos animais.Embora tenham sido relatados efeitos fisiológicos indesejáveis no sistema nervoso central, coração e visão, o efeito fisiológico predominante do ozônio é a irritação primária das membranas mucosas. A inalação de ozônio pode causar irritação suficiente nos pulmões para resultar em edema pulmonar. O aparecimento de edema pulmonar geralmente é adiado por algumas horas após a exposição; assim, a resposta sintomática não é um aviso confiável de exposição a concentrações tóxicas de ozônio. Uma vez que a fadiga olfativa se desenvolve prontamente, o odor do ozônio não é um índice confiável de concentração atmosférica de ozônio.Uma série de dispositivos atualmente no mercado geram ozônio por design ou como subproduto. Uma vez que a exposição ao ozônio acima de uma certa concentração pode ser prejudicial à saúde, qualquer dispositivo será considerado adulterado e/ou mal identificado dentro do significado das seções 501 e 502 do ato, se for usado ou destinado ao uso.”
Referênciahttps://www.accessdata.fda.gov/scripts/cdrh/cfdocs/cfcfr/CFRSearch.cfm?fr=801.415
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3) O Estado Texas está processando clínica que vinha promovendo tratamento da COVID-19 por ozonioterapia. O nome da clínica: Centro do Bem-Estar da Pureza.
“Tribunal proíbe Dallas Wellness Center de fazer ‘Terapia de Ozônio’ como tratamento COVID-1924 de abril de 2020Um tribunal federal entrou com uma liminar permanente impedindo um suposto centro de “terapia de ozônio” em Dallas de oferecer tratamentos não comprovados para o COVID-19, anunciou hoje a procuradora Erin Nealy Cox.Em um processo civil apresentado no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Norte do Texas, o governo alegou que os réus, Centros de Saúde e Bem-Estar da Pureza e um dos diretores da empresa, Jean Juanita Allen, promoveram fraudulentamente a chamada terapia de ozônio como tratamento para o COVID-19.Os réus concordaram em ser obrigados por uma liminar permanente que os impedia de representar que o ozônio poderia ser usado para tratar ou curar o COVID-19. A ordem foi feita na sexta-feira de manhã pelo juiz distrital dos EUA Sam A. Lindsay.”Este réu se aproveitou do medo público, vendendo tratamentos falsos que não tiveram absolutamente nenhum efeito contra o COVID-19″, disse a procuradora do Distrito Norte do Texas Erin Nealy Cox. “Como dissemos em casos civis covid-19 anteriores: o Departamento de Justiça não permitirá que ninguém explore uma pandemia para ganho pessoal.””O Departamento de Justiça não vai ficar parado e permitir a promoção fraudulenta de supostos tratamentos COVID-19 que não fazem bem e que podem ser prejudiciais”, disse a procuradora-geral assistente Jody Hunt, da Divisão Civil do Departamento de Justiça. “Estamos trabalhando com a polícia e parceiros de agências para impedir aqueles que tentam lucrar vendendo produtos inúteis durante essa pandemia.”De acordo com os arquivos do tribunal, a Sra. Allen disse a um interlocutor se passando por um cliente em potencial que, embora o ozônio pudesse ser perigoso, o tratamento da Pureza era seguro mesmo para crianças, sanitizaria qualquer coisa, e erradicaria infecções virais ou bacterianas.Os arquivos do tribunal alegaram que a Sra. Allen alegou que os tratamentos de ozônio da Pureza – que ela afirmou que aumentariam o oxigênio no sangue, impossibilitando a manifestação dos vírus – eram 95% eficazes até mesmo para alguém que testou positivo para COVID-19. Ela alegou que uma equipe de “médicos” havia recomendado uma “sauna de vapor de ozônio” para alguém com COVID-19.No Instagram, a Purity Health & Wellness afirmou que o ozônio era a “única prevenção” para o COVID-19 e insistiu que o tratamento poderia “erradicar” o vírus. O centro também alegou que o ozônio poderia combater outras doenças mortais, incluindo câncer, SARS e Ebola.”Não permitiremos que ninguém lucre ilegalmente explorando o medo e a ansiedade relacionados à pandemia COVID-19″, disse o agente especial do FBI Dallas, Matthew J. DeSarno. “O FBI e nossos parceiros estão trabalhando juntos todos os dias para prevenir, detectar e desmantelar fraudes COVID-19.””A FDA continuará ajudando a garantir que aqueles que colocam lucros acima da saúde pública durante a pandemia COVID-19 sejam interrompidos”, disse Stacy Amin, conselheira-chefe da Food and Drug Administration. “Estamos totalmente comprometidos em trabalhar com o Departamento de Justiça para tomar as medidas apropriadas contra aqueles que comprometem a saúde dos americanos com tratamentos não comprovados.”A ação de execução foi processada pelo procurador Patrick Runkle, do Ramo de Defesa do Consumidor da Divisão Civil e pelo procurador assistente kenneth Coffin da Procuradoria do Distrito Norte do Texas. O procurador assistente Fabio Leonardi é o Coordenador de Fraudes covid-19 do Distrito Norte do Texas. O caso foi investigado pelo Escritório de Campo do FBI em Dallas e pelo Escritório de Investigações Criminais da Administração de Alimentos e Drogas dos EUA.Para obter informações sobre os esforços do Departamento de Justiça para impedir atividades ilegais relacionadas ao COVID-19, visite http://www.justice.gov/coronavirus ou https://www.justice.gov/usao-ndtx/report-covid-19-fraud.”


Veja aqui o calendário de vacinações da Sociedade Brasileira de Imunizações para adultos de 20 a 59 anos de idade:
O FDA (Food and Drug Administration) dos EUA ainda não autorizou o uso de testes de neutralização para SARS-CoV-2. Os testes de neutralização determinam a capacidade funcional dos anticorpos para prevenir a infecção do vírus in vitro. O teste envolve a incubação de soro ou plasma com vírus vivo, seguido de infecção e incubação de células. Os testes exigirão laboratórios de nível biológico BSL-3 ou BSL-2, dependendo da forma do vírus SARS-CoV-2 usada.
Para se ter imunidade futura após infecção pelo SARS-COV-2 é necessário que haja formação de anticorpos do tipo IgG, o que pode ser facilmente testado em laboratórios comerciais. No entanto, o fato de se ter anticorpos IgG não necessariamente significa que eles esteja de fato combatendo e aniquilando o vírus. Outras doenças existem em que há grande formação de anticorpos IgG, porém eles não são protetores, como na tuberculose e na infecção por HIV.
(Atenção: este é um texto técnico).
Dois tipos de testes de neutralização são realizados:
A cinética da resposta do anticorpo, a longevidade dos anticorpos, a capacidade de os anticorpos protegerem contra infecções repetidas, o título protetor do anticorpo neutralizante e a correlação dos títulos de anticorpos de ligação à capacidade de neutralização ainda não foram determinados.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) “com base nas informações fornecidas pela Gerência de Produtos para Diagnóstico in vitro (Gevit)”, área técnica afeta ao assunto, informou que não há produtos para diagnóstico in vitro registrados com a finalidade de “testes de neutralização para COVID-19”.
Referências
FDA, CDC e ANVISA. Texto encaminhado pelo Dr. Carlos David Bichara, Laboratório Amaral Costa em Belém do Pará, a quem agradeço.

Confusão, letargia ou tontura podem ser de vírus, dizem médicos.
Os idosos com COVID-19, doença causada pelo coronavírus, apresentam vários sintomas “atípicos”, complicando os esforços para garantir que eles obtenham tratamento oportuno e adequado, segundo os médicos.

O COVID-19 é tipicamente sinalizado por três sintomas: febre, tosse insistente e falta de ar. Mas os idosos – a faixa etária com maior risco de complicações graves ou morte por essa condição – podem não ter nenhuma dessas características.
Em vez disso, os idosos podem parecer “desligados”, não agindo como eles mesmos, logo após serem infectados pelo coronavírus. Eles podem dormir mais do que o normal ou parar de comer. Eles podem parecer extraordinariamente apáticos ou confusos, perdendo a orientação para o seu entorno. Eles podem ficar tontos e cair. Às vezes, os idosos param de falar ou simplesmente entram em colapso.
Com muitas condições médica associadas, os idosos não se apresentam de uma maneira típica, e estamos vendo isso com o COVID-19 também. A razão tem a ver com a forma como o corpo dos mais velhos respondem a doenças e infecções.
Em idades avançadas a resposta imune de alguém pode estar diminuida e sua capacidade de regular a temperatura pode ser alterada. Doenças crônicas subjacentes podem mascarar ou interferir com sinais de infecção. Algumas pessoas mais velhas, seja por alterações relacionadas à idade ou problemas neurológicos anteriores, como um AVC, podem ter alterado os reflexos da tosse. Outros com comprometimento cognitivo podem não ser capazes de comunicar seus sintomas.
Reconhecer sinais de perigo é importante: se os primeiros sinais de COVID-19 forem perdidos, os idosos podem se deteriorar antes de receber os cuidados necessários. E as pessoas podem entrar e sair de suas casas sem medidas de proteção adequadas, arriscando a propagação da infecção.
Aqui o exemplo real de um homem de 80 anos tratado em meados de março de 2020. Durante um período de dias, esse paciente — que tinha doença cardíaca, diabetes e comprometimento cognitivo moderado — parou de andar e ficou incontinente e profundamente letárgico. Mas não tinha febre ou tosse. Seu único sintoma respiratório: espirrar eventualmente.
A esposa idosa do homem ligou duas vezes para o telefone de emergência. Nas duas vezes, os paramédicos verificaram seus sinais vitais e declararam que estava bem. Depois de outra chamada preocupada do cônjuge sobrecarregado, o clínico da família insistiu que o paciente fosse levado para o hospital, onde deu positivo para COVID-19.
“Eu estava bastante preocupado com os paramédicos e assistentes de saúde que estavam na casa e que não tinham usado equipamento de proteção individual”, disse o médico da família. “Foi surpresa o teste vir positivo para o Coronavírus”.
Outros médicos descrevem o tratamento de idosos que inicialmente parecem ser pacientes de trauma, mas são encontrados com COVID-19. “Eles ficam fracos e desidratados”, dizem eles, “e quando estão para andar entram em colapso e se ferem muito.” Há muitos idosos profundamente desorientados e incapazes de falar e que parecem ter sofrido derrames. “Quando os testamos, descobrimos que o que está produzindo essas mudanças é um efeito central do Coronavírus no cérebro ” afrimam os médicos.
Laura Perry, professora assistente de medicina na Universidade da Califórnia em São Francisco, viu um paciente assim há várias semanas. A mulher, na casa dos 80 anos, tinha o que parecia ser um resfriado antes de ficar muito confusa. No hospital, ela não conseguia identificar onde estava ou ficar acordada durante um exame. Perry diagnosticou delírio hipoativo, um estado mental alterado no qual as pessoas ficam inativas e sonolentas. O paciente deu positivo para coronavírus e ainda está na UTI.
Dr. Anthony Perry, professor associado de medicina geriátrica no Rush University Medical Center, em Chicago, conta sobre uma mulher de 81 anos com náuseas, vômitos e diarreia que teve teste positivo para COVID-19 no pronto-socorro. Depois de receber fluidos intravenosos, oxigênio e medicação para sua perturbação intestinal, ela voltou para casa após dois dias e está indo bem.
Outro paciente de 80 anos com sintomas semelhantes – náuseas e vômitos, mas sem tosse, febre ou falta de ar – está na UTI após receber um teste COVID-19 positivo, tendo que ser colocado em um ventilador. A diferença? Este paciente é frágil com “muitas doenças cardiovasculares”, disse Perry. Fora isso, ainda não está claro por que alguns pacientes mais velhos se sairão bem enquanto outros não.
Até agora, relatos de casos como esses foram anedóticos (isolados). Mas alguns médicos estão tentando coletar informações mais sistemáticas.

Na Suíça, o Dr. Sylvain Nguyen, geriatra do Centro Hospitalar da Universidade de Lausanne, montou uma lista de sintomas típicos e atípicos em pacientes mais velhos do COVID-19 para um artigo a ser publicado na Revue Médicale Suisse. Na lista atípica estão alterações no estado habitual do paciente, delírio, quedas, fadiga, letargia, pressão arterial baixa, deglutição dolorosa, desmaio, diarreia, náusea, vômito, dor abdominal e perda de olfato e paladar.
Os dados vêm de hospitais e asilos na Suíça, Itália e França, disse Nguyen em um e-mail.
Na linha de frente, os médicos precisam ter certeza de avaliar cuidadosamente os sintomas de um paciente mais velho. “Embora tenhamos que observar alta suspeição de COVID-19 porque é tão perigoso na população mais velha, há muitas outras coisas a considerar”, dizem os médicos consultados para este artigo. Idosos também podem se sentir mal porque suas rotinas mudaram. Nos asilos e na maioria dos centros de convivência assistidos, as atividades pararam e “os moradores vão ficar mais fracos e mais descondicionados porque não estão caminhando de e para o refeitório”.
Em casa, idosos isolados podem não estar recebendo tanta ajuda com o gerenciamento de medicamentos ou outras necessidades essenciais de familiares que estão mantendo distância, sugeriram outros especialistas. Ou podem ter se tornado apáticos ou deprimidos.
“Eu gostaria de saber: ‘Qual é o potencial que essa pessoa teve de uma exposição (ao coronavírus), especialmente nas últimas duas semanas?’ “, disse um especialista. Eles têm pessoal de saúde domiciliar chegando? Eles se reuniram com outros membros da família? As condições crônicas estão sendo controladas? Há outro diagnóstico que parece mais provável?
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