Estudo que encerra a discussão sobre a proposta de utilizar megadoses de vitamina D em pacientes criticamente doentes foi publicado imediatamente antes do início da atual pandemia, em dezembro de 2019.
O trabalho é rigoroso do ponto de vista metodológico:
- randomização após no máximo 12 h de entrada na UTI
- dose única de 540.000 UI de vitamina D3 por sonda no estômago, ou placebo
- duplo-cego (nem médico nem paciente sabem o que está sendo administrado, para garantir não haver eleição de casos piores ou mais leves em qualquer dos grupos)
- avaliação de mortalidade geral após 90 dias.
Para um total de 1.360 pacientes internados com deficiência de vitamina D, detectou-se a grande maioria com valores menores que 20 ng/mL.
Após 3 dias da megadose enteral a vitamina D estava em média no valor de
– 47 ng/mL no sangue do grupo que recebeu a megadose de vitamina D3, e
– em 11 ng/mL no grupo placebo.
A mortalidade após 90 dias foi:
– 23% no grupo que recebeu megadose de vitamina D, e
– 21% no grupo placebo.
Não houve diferença clínica entre os grupos quanto a efeitos secundários. A severidade da deficiência de vitamina D no início do estudo não afetou os índices de mortalidade.
O estudo não envolveu pacientes com COVID-19, porém pode-se imaginar uma extensão dos achados a este grupo de casos.
Conclusão
Administração precoce de altas doses de vitamina D3 em pacientes criticamente doentes em UTI não tem vantagem sobre placebo quanto à mortalidade e outras várias situações clínicas após 90 dias de seguimento.
Referência
Muchas gracias. ?Como puedo iniciar sesion?
CurtirCurtir
Vea el canal de YouTube “Doutor von Muhlen”. Gracias.
CurtirCurtir